Conheça espécie de golfinho comum no sul do país e que corre risco de extinção

27/02/2013 11:27

 


  • As toninhas correm risco de extinção por causa da pesca no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná

    As toninhas correm risco de extinção por causa da pesca no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná

A toninha parece um boto, mas na verdade é uma espécie de golfinho muito pequena que, infelizmente, corre perigo de extinção.  O animal tem um bico comprido, com mais de 200 dentes bem pequenos, e gosta muito de viver nas águas próximas às praias da região Sul e Sudeste do Brasil e na Argentina.

Mas não se assuste com tantos dentes, porque as toninhas não atacam humanos. Elas gostam mesmo é de comer pequenos peixes, lulas e, quando pequenas, camarões. Com nome científico de Pontoporia blainvillei, ela mede entre 1,30m e 1,70m. As toninhas podem ser cinza ou pardo-amarelada, têm a barriga um pouco mais clara que o resto do corpo e nadadeiras arredondadas.

Ao contrário de seus "primos" golfinhos, elas não são muito exibidas. Geralmente só dá pra ver uma parte das costas quando sobem à superfície para respirar. As toninhas gostam de viver em grupos e alguns pesquisadores acreditam que eles são formados por parentes!

A gravidez de uma toninha dura 11 meses e os filhotes nascem com mais ou menos 70 centímetros. Geralmente, eles são amamentados por nove meses e as fêmeas crescem mais do que os machos.

Não se sabe muito bem de onde surgiu o nome "toninha", mas assim como as palavras boto e golfinho, toninha é um nome popular que muda conforme a região do Brasil.

Armadilha

Como gostam de viver perto do litoral, as toninhas sofrem com a poluição das águas, com o barulho dos navios que passam pelo mar e acabam sendo capturadas por pescadores. 

Para ajudar na preservação delas, vários pesquisadores desenvolvem estudos que mostram os lugares onde elas estão mais ameaçadas e o que pode ser feito para ajudá-las.

Emanuel Carvalho Ferreira, do Laboratório de Mamíferos Marinhos/FURG, realizou um estudo, com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que mostra o que pode ser feito para que as toninhas não sejam pescadas. “Uma das maneiras de de diminuir a mortandade das toninhas é mudar o comprimento das redes de pesca de 30 km para sete 7 km”, explica Emanuel.

 

Fonte: www.uol.com.br